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Saúde / Imunização

07 de Janeiro de 2016 16h45

Secretaria de Saúde alerta para mudanças no Calendário de Vacinação

MARIA BARBANT

Michel Alvim

Arquivo

Os postos de saúde de Cuiabá já estão com o novo calendário de vacinação para 2016. As mudanças realizadas pelo Ministério da Saúde e anunciadas esta semana alteraram as doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite e o número e doses da vacina de HPV, que não tem mais a necessidade da terceira dose.

A enfermeira  Marta Cristina da Silva, Responsável Técnica pela  Gerência de Imunização, da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, Doenças e Agravos (Covida), da Secretaria de Saúde do município explicou que  essas mudanças são rotineiras e fazem parte da estratégia do Programa Nacional de Imunização. “O Calendário Nacional de Vacinação sofre  mudanças periódicas em função de diferentes situações epidemiológicas, mudanças nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas”.

Um das principias mudanças no Calendário de Vacinação de 2016 é na vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda dose seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose.

Segundo o Ministério da Saúde, estudos recentes mostraram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior, quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre de 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

Para os bebês, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que a partir de agora será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação, de acordo com o Ministério da Saúde, também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

Em relação à poliomielite, a terceira dose da vacina que era oral passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.

A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois,  quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.

Na vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra  meningite causada pelo meningococo C, o reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os quatro anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos três e 5 meses.

Vacinas

Cuiabá recebe em média 40 mil doses (números de dezembro de 2015), de 15 vacinas – hepatite A e B, pentavalente, DT, vacina poliomielite (injetada e oral), hotavírus, pneumocócica, febre amarela, tríplice viral, tetra viral, dupla adulto e HPV.

A RT do Programa de Imunização, Marta Cristina disse que em Cuiabá não há falta de vacinas. "No final do ano passado, por determinação do secretario de Saúde de Cuiabá, foi feita uma mudança na estratégia de vacinação, a fim de que não houvesse falta das vacinas", explicou.
Segundo a enfermeira, mesmo assim, a distribuição de duas vacinas ainda preocupam a DT, contra difteria e tétano e a antirrábica. No caso da DT, a orientação para a população é que faça o agendamento nas unidades. Em relação à vacinação antirrábica os usuários estão sendo encaminhados para fazerem a vacinação, quando necessário, no Pronto Atendimento das Policlínicas. "Não podemos perder nenhuma criança e nem uma dose de vacina. Por isso, as unidades foram orientadas a realizarem a vacinação uma vez por semana em cada unidade e no Hospital Santa Helena para os nascidos ali, no caso da BCG. Já a antirrábica foi concentrada nos Pronto Atendimentos das Policlinicas". 

Confira as mudanças:

HPV
Antes da mudança eram aplicadas duas doses para meninas de 9 a 13 anos com intervalo de 6 meses e a terceira dose 5 anos depois.
Agora são aplicadas duas  doses com intervalo de 6 meses para meninas de 9 a 13 anos.

Poliomielite
As injeções eram aplicadas aos  2 e 4 meses e a  gotinha aos 6 meses. As duas doses de reforço eram ministradas aos 15 meses e aos 4 anos (ambas de gotinha).
Agora, a  terceira  dose passa ser a injetável.

Pneumonia
As três doses   eram aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade e o e reforço entre 12 e 15 meses.
Com a mudança as  duas doses são ministradas aos 2 e 4 meses e um reforço aos 12 meses.

Meningite
Antes as duas doses, eram ministradas  aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 15 meses.
Com a mudança, as duas doses, passam a ser  aplicadas aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 12 meses.

 

 

(Com informações do Ministério da Saúde)